Estamos no outono, e eu gostaria de alertar sobre a vacinação contra a gripe, já disponibilizada em clínicas privadas – no final de abril deverá ser ofertada pelo Ministério da Saúde nas Unidades Básicas de Saúde para grupos de maior risco.
Esta vacina visa a prevenção dos casos de gripe causada pelo vírus Influenza A (H1N1 e H2N3) e B. O quadro clínico causado pelo vírus da Influenza costuma ser mais sério do que da gripe comum, com potenciais complicações tais como pneumonia viral ou bacteriana e síndrome da angústia respiratória e, em alguns casos, óbito.
Influenza 2019: indicações da vacina contra a gripe
Crianças de até 5 anos, idosos, profissionais da área da saúde, gestantes e puérperas (pós-parto) e pessoas portadoras de doenças crônicas (diabetes, doenças cardíacas, renais e pulmonares e imunodeprimidos) são os grupos de maior risco e podem receber a vacina na rede pública.
Embora seja recomendada para todas as pessoas, a rede pública disponibiliza a vacina trivalente (três cepas de vírus Influenza) para estes grupos de maior risco, por não conseguir suprir totalmente a população. Nestes casos, uma opção seria a vacina em clínicas privadas, que oferecem vacina trivalente e quadrivalente a partir dos 6 meses de idade.
Importante ressaltar que a vacina não “causa” gripe, já que as vacinas são feitas com partículas inativadas e fragmentadas do vírus Influenza. O efeito de proteção vacinal acontece após 15-20 dias da aplicação da vacina, conferindo proteção por aproximadamente um ano. Após este período, a vacina deve ser repetida em virtude de mutações sofridas pelo vírus.
O vírus da Influenza se transmite através de gotículas respiratórias eliminadas na tosse e espirros, e pode sobreviver no ambiente por até 72 horas. Espalha-se facilmente pelas mãos e objetos do dia a dia (telefones, controles remotos, brinquedos infantis), sendo de grande importância a higiene frequente das mãos, para diminuir a transmissibilidade. Estima-se que a distância que estas gotículas podem atingir é de até 1,8 metro.
Influenza 2019: composição da vacina
A composição da vacina que previne a gripe precisa ser revisada a cada ano, de acordo com os tipos de vírus da Influenza que mais circularam nos hemisférios Norte e Sul. Todos os anos, no mês de setembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) – responsável pela tarefa – define a fórmula e a comunica aos fabricantes das vacinas.
A partir daí, tem início a produção, que leva em torno de seis meses. Como no Brasil o inverno começa em junho, a previsão é de que a vacina seja disponibilizada de março a abril, permitindo que as pessoas sejam imunizadas antes do período de maior circulação dos vírus.
Esta vacina é voltada à prevenção dos casos de gripe causada pelos vírus Influenza A (H1N1 e H3N2) e B. A vacina deste ano tem composição diferente, DEVIDO ÀS CONSTANTES MUTAÇÕES DOS VÍRUS da vacina do ano passado.
São disponibilizados dois tipos de vacinas: a trivalente, com duas cepas de vírus A e uma cepa de vírus B, e a quadrivalente, com duas cepas de vírus A e duas de vírus B (esta última apenas na rede privada).
Importante ressaltar que a vacina não “causa” gripe, já que as vacinas são feitas com partículas inativadas e fragmentadas do vírus Influenza.
Influenza 2019: cuidados antes, durante e após a vacinação
- Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
- Pessoas com história de alergia grave ao ovo de galinha, com sinais de anafilaxia, devem receber vacina em ambiente com condições de atendimento de reações anafiláticas e permanecer em observação por pelo menos 30 minutos.
- No caso de história de síndrome de Guillain-Barré (SGB) até seis semanas após a dose anterior da vacina, recomenda-se avaliação médica criteriosa sobre o risco-benefício antes de administrar nova dose.Excetuando os casos aqui citados, não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
- Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
- Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
- Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Influenza 2019: Efeitos e eventos adversos
- Manifestações locais como dor, vermelhidão e endurecimento no local da aplicação ocorrem em 15% das pessoas vacinadas. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas.
- Manifestações sistêmicas também são benignas e de curta duração. Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% das pessoas vacinadas. Têm início de seis a doze horas após a vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em que se toma a vacina. Reações anafiláticas são raríssimas.
Sempre que possível, um médico deve ser consultado para indicar o melhor tratamento ao paciente.